14 de dezembro de 2013

Entrega

























Pediu rumo
pediu poema
fogo na pele
uma aventura
intima loucura,
pediu desafios
língua na fenda
mãos másculas a profanar
conceitos e morais
do corpo,
corpo em puro pecado
boca ousada
gemidos truculentos...
Pediu mais e mais
despida
ordinária
puta de bem puta
como nunca tinha sido
jamais
despudorada
jamais tão dada
aberta
arregaçada...






















Pediu pausa
que não teve,
pediu trégua
que não deram,
era boca
língua
dedos
pau,

era rios
úmida...

Perdeu a compostura
a vergonha
a razão
o juízo
a noção do tempo
das horas,
dos tantos áridos anos
de carinhos mornos,
era fogo em fogo
agora...





































Foi invadida
revelada
descoberta
cheirada
lambida
sugada
mamada
exposta
naquela cama
naquele momento
feito cadela
vadia
vagabunda senhora,
vasculhada pela língua
possuída por aquela boca,
surpresa com todo aquele pau
que não pedia licença
não fazia perguntas,
dominava...
Perdeu medo
frieza
indiferença,
era luxúria
volúpia
incêndio
mar de águas jorrantes
melando tudo,
liquido sagrado
da consumação dos amantes...


































Perdeu-se toda
para aquele homem
por aquele nome
aquele corpo,

para nunca mais se achar
na tristeza
noites solitárias
cama fria,

perdeu-se tarde
mas achou-se nos recomeços,
daquela íngua
daquelas mãos
naqueles detalhes
no todo pau dele...




_Maxuel Scorpiano_
18.10.2013/ás11:54

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