18 de janeiro de 2012

Apenas uma mulher














Antes fosse sim uma puta,
daquelas de colecionar homens
de não ficar triste com os relacionamentos descartáveis,
de não ser vadia.

Era uma mulher comum
já com mais de quarenta,
com o frescor da juventude ainda pelo corpo,
reservada em sua rotina
conformada com a vida,
aquela santa segura pasmaceira...
Era imperfeita sim.
Sangrava saudades,
solitária em meio a tanta gente
que mal sabiam o que se passava no intimo dela.

Não era mal agradecida ao destino
mas tinha ainda diversos caminhos,
sintetizava poemas...

Queria a paz
aquela interna,particular,aconchegante,
terminar com as guerras, as tantas emocionais.
Queria
um pouco bem mais de dinheiro,
sair daquela letargia,
se divorciar da tal filosofia que melhor só
que mal acompanhada...
Porque não puta, bem comida, saciada,
com um ordinário mentiroso que dela se ocupasse,
e no meio disso a fizesse ter os tais famosos
múltiplos orgasmos...
Que fosse leviana, sem pesos, sem culpas,
mas feliz...
Não era louca.
Apenas uma mulher comum.











_ MAXUEL SCORPIANO _
14.01.2012/ás17:29H

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