21 de julho de 2014

Ela







































Ela se refugiou no silêncio
morou na ausência
não quis mais sonhar
não se permitiu mais querer
um mundo adverso
uma outra realidade
um mar de desencontros
promessas nunca feitas.

Preferiu outras cores
outros versos
outras poesias,
onde tinha dominio
onde era a sua maneira,
segura,firme,forte.



Criou novos personagens
mudou a forma e a expressão,
camaleou as cenas
povoou outras rimas,
mais uma vez se foi
ser feliz de brincadeira,
dona de si.

Mas tanto larva,casulo e borboleta,
a essência
toda alma dela
ficou...
Feito saudade esfomeada
feito fome de amor
feito melancolia intensa
louca
para voltar.


Eu fiquei
vazio na solidão
morto me fazendo de vivo,
sem mais jardim ou poema,a dor e o sofrer,
o nada sem o tudo,
cercando o horizonte
observando o infinito,
esperando
acreditando
na volta
no recomeço,
enfim
na nossa história...

_Maxuel Scorpiano_
11.07.2014/ás10:49





Eu sou






































Eu sou o sujeito
malandro solitário
de sorriso largo
silêncios extensos
que faz a festa quando te ve
louco pelos teus abraços
que vive na saudade
do que ainda contigo não viveu...


Eu sou aquele
arrogante e orgulhoso
que por isso tem como companheira
as frias paredes,
que não sabe te dizer simplesmente
o quanto tu faz falta...


Eu sou o comum,banal e simplório
que sonha acordado
faz dos poemas
nosso diálogo
que usa e abusa do erotismo
que tanto deseja
te tocar...


Eu sou aqueles versos todos
complexos,incompletos,
desajustado
que pausa horas e horas
a pensar,a lembrar de ti,
louco de louco que tu volte...


Eu sou o imaturo e inconsequente
que verseja paixão e sexo,
mas com o corpo solteiro
com o coração transbordando
de amor em exagero
ainda e sempre por você...






_Maxuel Scorpiano_
26.06.2014/ás14:53H